segunda-feira, 14 de julho de 2014

Prefeito de Belo Horizonte continua intransigente com as Ocupações urbanas, ignora e discrimina milhares de famílias que não toleram mais a cruz do aluguel e, por isso, partiram para ocupações para construírem na luta coletiva e na raça moradia própria e digna.

Prefeito de Belo Horizonte continua intransigente com as Ocupações urbanas, ignora e discrimina milhares de famílias que não toleram mais a cruz do aluguel e, por isso, partiram para ocupações para construírem na luta coletiva e na raça moradia própria e digna.

Dias 2, 3 e 4 de julho de 2014, cerca de 120 pessoas de 09 Ocupações urbanas de Belo Horizonte, MG, ocuparam a sede da URBEL (Companhia de Urbanização da Prefeitura de Belo Horizonte), à Av. do Contorno, esq. com Rua da Bahia, na capital mineira. A PBH/URBEL requereu judicialmente reintegração de posse do prédio, antes de ir negociar com o povo que ocupava o prédio. Mas o pedido de reintegração caiu nas mãos de um juiz sensato, Dr. Magid Nauef Láuar, da 1ª Vara Fazenda Pública Municipal, que foi à sede da URBEL ocupada por dois dias consecutivos e fez três reuniões com as lideranças das Ocupações presentes na URBEL ocupada, em um total de 11 horas de escuta e de diálogo, de Audiência de tentativa de Conciliação. Somente na 2ª reunião, na tarde do dia 03/07/2014, o presidente da URBEL, participou, mas diante das reivindicações e dos clamores de milhares de pessoas das ocupações, ali representados por dezenas de lideranças, se limitou a repetir: “Isso não assumo.” “Isso não é competência da URBEL.” “Não ligo para outros secretários. Não ligo para o prefeito.” Se esquivou de qualquer compromisso. As promotoras do Ministério Público da área de Direitos Humanos, Dra. Cláudia Amaral e Dra. Janaína, e o defensor público da DPE/MG da área de Direitos Humanos, Dr. Ayrton, defendiam com ardor a causa dos pobres pisados pelo Estado, pela municipalidade. O juiz se esforçou para chegar em uma conciliação, mas a prefeitura, ali representada pelo presidente da URBEL, certamente já com ordens do prefeito Márcio Lacerda (PSB) para não ceder em nada, se manteve intransigente. Assim a Ocupação teve que continuar por mais um dia, enquanto o povo passava fome, inclusive cerca de 30 crianças, idosos e pessoas com problemas de saúde. Eis, em pdf, no link, abaixo, a Ata da Reunião que atesta a postura intransigente, fria, insensata, injusta e inconstitucional do prefeito de BH e da PBH. Detalhe: Na Ata consta que pedimos que fosse liberada a entrada de alimentação para o povo. O juiz Dr. Magid deliberou, mas a polícia continuou proibindo a entrada da alimentação, só deixando a alimentação entrar às 22:40h, depois que as cerca de 120 pessoas, inclusive 30 crianças, já tinham passado fome o dia inteiro. Cf. o teor da Ata no link, abaixo.
Abraço na luta. Frei Gilvander Moreira.


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